Kennedy nasceu no
Estado de Massachusetts, um dos maiores redutos do Partido Democrata dos
Estados Unidos, em 1917. Após sua formatura em Harvard em 1940, ele
entrou para a Marinha. Em 1943, durante a Segunda Guerra Mundial seu torpedeiro foi afundado por um destróier japonês e Kennedy, ferido, conduziu os sobreviventes até um local seguro.
Após voltar da guerra, ele se tornou um congressista democrata pela
região de Boston, avançando em 1953 para o Senado. Enquanto se
recuperava de uma cirurgia nas costas em 1955, ele escreveu "Profiles in
Courage", que conquistou o Prêmio Pulitzer em história.
Em
1960, surpreendendo o meio político norte-americano, o jovem senador
conquistou a indicação democrata para a presidência da república.
Naquele ano, todos consideravam uma barbada a eleição do vice-presidente
republicano Richard Nixon
Mas a mensagem de otimismo de Kennedy, aliada à sua competência nos
debates presidenciais (que foram transmitidos ao vivo pela primeira vez)
contribuíram para uma virada espetacular e sua vitória. Kennedy se
tornou o primeiro presidente americano católico.
Seu discurso de
posse apresentava o preceito memorável: "Não pergunte o que seu país
pode fazer por você -pergunte o que você pode fazer por seu país". Como
presidente, seus programas econômicos lançaram o país no maior
crescimento sustentado desde a Segunda Guerra Mundial.
Kennedy
agiu vigorosamente na causa da igualdade de direitos, pedindo por uma
nova legislação de direitos civis. Com a Aliança para o Progresso e as
Peace Corps (força da paz), ele empregou o idealismo americano na ajuda
aos países em desenvolvimento. Mas persistia a dura realidade da Guerra Fria
Kennedy permitiu que um grupo de exilados cubanos, já armados e
treinados, invadisse sua terra natal. Essa tentativa de derrubar o
ditador Fidel Castro , a invasão da Baía dos Porcos, fracassou.
Em seguida, a União Soviética retomou sua campanha contra Berlim
Ocidental. Kennedy reforçou a guarnição em Berlim e aumentou a força
militar na Alemanha Ocidental, incluindo novos esforços na corrida
espacial.
Confrontada com esta reação, Moscou reduziu a pressão
sobre a Europa, mas buscou instalar mísseis nucleares em Cuba. Quando
isto foi descoberto por um reconhecimento aéreo em outubro de 1962,
Kennedy impôs um bloqueio naval a todos os mísseis nucleares destinados a
Cuba. Os soviéticos recuaram e concordaram com a retirada dos mísseis.
Kennedy passou a argumentar que ambos os lados tinham interesse vital
em impedir uma proliferação de armas nucleares e em desacelerar a
corrida armamentista -uma posição que levou ao tratado de proibição de
testes de 1963.
Os meses que se seguiram à crise de Cuba
mostraram um progresso significativo na busca de sua meta de "um mundo
de lei e livre escolha, banindo a guerra e a coerção". Seu governo viu
assim o início de uma nova esperança tanto de direitos iguais entre
americanos quanto de paz mundial.
Kennedy era praticamente um
ídolo nacional quando foi brutalmente assassinado em 22 de novembro de
1963. De acordo com a historiografia oficial, Kennedy foi morto pelas
balas de um assassino enquanto desfilava em carro aberto por Dallas,
Texas.
Entretanto, há historiadores que sustentam a tese da
conspiração: Kennedy teria contrariado profundamente os interesses de
indústrias bélicas e de militares ao lutar pelo fim da corrida
armamentista. Como resposta, industriais e militares poderosos teriam
tramado a morte do presidente.
A morte de Kennedy provocou
comoção dentro e fora dos EUA. Para os americanos, ficou a impressão de
que o futuro de paz, prosperidade e igualdade representado por Kennedy
jamais seria alcançado
FONTE - UOL